Nectandra hihua (Ruiz & Pav.) Rohwer

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012

Avaliador: Maria Marta V. de Moraes

Revisor: Tainan Messina

Categoria: LC

Justificativa:

A espécie é distribuída pelasregiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste, e Sul até o Paraná, com EOO de 4.401.259,9 km²,inclusive em unidades de conservação (SNUC).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espéciesem caracteres distintivos, apresentandouma enorme amplitude de variação que ocorre, porém, de forma contínua para oscaracteres individuais que variam independentemente dos demais. Dessa forma, espécimesdas diferentes áreas de ocorrência podem se apresentar completamentedissimilares a quase indistinguíveis um dos outros (Moraes, 2005). Pode ser confundida com N. leucantha. No entanto, N. hihua possui anteras das séries I e II quadradas ou triangulares e estiletecurto, até 10% do comprimento do ovário, ao passo que em N. leucantha, asanteras das séries I e II são longamente ovadas a largamente triangulares e osestiletes são mais longos, de 50-100% do comprimento do ovário (Zanon et al.,2009). Nome popular: "capitão"; "canela" (Moraes, 2005).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Desconhecido

Detalhes: Apesar da ampla distribuição, não há estudos populacionais para a espécie. É consideradarara nos Estados de São Paulo (Sugimoto, 2003) e Minas Gerais (MG, 2008).

Ecologia:

Biomas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal

Fitofisionomia: Ocorre em diferentes hábitats de Florestas Semidecíduas a Florestas Inundadas, entre o nível do mar e 1.600 m de altitude, (geralmente abaixo de 800 m) (Moraes, 2005).

Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland

Detalhes: Árvore até 30 m alt. Folhas alternas, lâminaovada, ovado-elíptica,largo-elíptica a lanceolada. Inflorescência nas axilas das folhas, puberulenta (Rohwer, 1993; Alves; Ishii, 2004). Flores 5-10 mm diâm., receptáculo internamentepilososeríceo ou velutino, externamente piloso-puberulento a seríceo (Rohwer, 1993). Fruto globoso a elíptico, envolvido pela cúpula pateriforme (Alves; Sartori, 2009). Floração: de maio a novembro; frutificação: abril,novembro e dezembro (Rohwer, 1993).

Ameaças (1):

Estresse	Ameaça	Declínio	Tempo	Incidência	Severidade
	1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Historicamentea região da Serra do Bodoquena, rica em Florestas Estacionais Deciduais e Florestas Estacionais Semideciduais aluviais, vem sendo degradada pelo ciclo daretirada de madeira a partir da década de 70, seguido de desmatamento eformação de pastagens exóticas destinadas à pecuária extensiva e pelasinstalações desordenadas e sem orientação técnica dos atrativos turísticos nadécada de 90, causando sérios impactos ambientais. A flora está atualmente sobforte pressão de desmatamento para fins agropecuários e madeireiros, o que podeestar destruindo imensuráveis estoques genéticos, dos quais nada se conhece epouco está conservado em herbário ou em bancos de germoplasma (Baptista-Maria,2007). As Florestas Estacionais encontradas nessa região, na sua grande maioria estão presentes nasmargens dos rios ou topo de morros, porém mesmo protegidas por legislaçãoespecífica, estas formações foram e continuam sendo drasticamente eliminadas emfunção da expansão pecuária e agrícola, e da exploração madeireira, destinadasao uso civil e industrial (na forma de carvão) (Baptista-Maria et al., 2009).

Ações de conservação (2):

Ação	Situação
4.4 Protected areas	on going
Ocorre em áreas protegidas como: ReservaParticular do Patrimônio Natural (RPPN) da Fazenda da Barra, Bonito/MS(Baptista-Maria; Maria, 2008); Parque Estadual doProsa-PEP, Campo Grande, MS (Lugnani et al., 2007).

Ação	Situação
1.2.1.3 Sub-national level	on going
Considerada "Extinta" (EX), pela Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).